sábado, 2 de abril de 2011

Translucence




     O fotógrafo publicitário Antônio Cuzzuol, de Vitória, no Espírito Santo, expõe a partir de 7 de abril no Espaço Experimental Nina Mello.

     Em evento duplo, no dia seguinte à vernissage, 8 de abril, Cuzzuol faz a palestra "Semi-transparências e Sombras", também no Espaço.

     Com dezoito fotografias, em cor, impressas em papel de algodão, a mostra pretende apresentar não apenas novas descobertas do autor, mas a possibilidade de transformação e de invenção no trabalho autoral.

     Uma bicicleta formada pelo assento e pela própria sombra. Uma lona plástica, que descortina a praia através da transparência. Uma árvore, na borda da estrada, borrada pela velocidade. Essas são algumas das imagens que compõem Translucence.

      Sobre o trabalho de Antônio Cuzzuol, segue texto do Espaço Nina Mello.

     As imagens são frutos de técnicas que visam distorcer a cena, a fim de encontrar uma nova cena. O resultado pode ser alcançado tanto utilizando a semi-obstrução da passagem da luz, na qual as imagens apresentadas terão a totalidade ou parte da sua área afetada, ou, ainda, usando um longo tempo de exposição acompanhado de movimento da cena ou da maquina ou de ambos. “A ideia é tirar a obviedade no sentido de criar um novo real com a inclusão de elementos que causam distúrbios na imagem”, revela o fotógrafo Antônio Cuzzuol.

     As novas cenas, que se despem da lógica do primeiro olhar, dialogam com a trajetória seguida pelo artista. Residente em Vitória, no Espírito Santo, o fotógrafo desenvolve inúmeros trabalhos na área de publicidade, espaço em que é necessário seguir orientações, a fim de que o produto final seja compatível com a ideia inicial.  Nesse meio, a fotografia insurge como um dos pontos do processo criativo, desenvolvido por uma grande equipe de profissionais. 

     Apesar de muitas vezes ser feita racionalmente, por ser parte fundamental dos mecanismos de consumo, a fotografia publicitária é por si um processo criativo e o profissional deve estar envolvido com as questões tratadas para, assim, desenvolver uma boa fotografia. “Uma boa imagem, independentemente do seu uso, tem que ser bem resolvida em termos composicionais, de iluminação e cromatismo. O olhar do espectador tem que ser conduzido e capturado pela imagem e pela mensagem”, defende Cuzzuol. “Os elementos de estética que exercito no trabalho autoral, certamente me servem quando fotografo para um trabalho de publicidade”, diz, revelando as inúmeras referências da pintura, que podem ser vistas em algumas imagens da mostra e que subsidiam seu trabalho diário.

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Veja informações e horários da abertura, 
da palestra e da exposição na notícia abaixo.

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